Rodrigo James, 35 anos, publicitário, jornalista, assessor de imprensa, dj amador, músico de computador, diretor de rádio lê, ouve, escreve, fala e respira cultura pop. Também atende nos websites www.programaaltofalante.com.br, www.portal180.com.br, no Orkut (http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=1365547244323894215), no MSN (tá bom que eu vou dar meu MSN assim assim) e está aberto a opiniões, crítica, chacotas e o que mais passar por sua cabeça. Ah, o email para contato é r.james@terra.com.br

quinta-feira, novembro 15, 2001

Do site Pastilhas Coloridas, do grande Fábio Sooner, finalmente de volta :

Short Cuts: pop/rock Brasil 2001 em 13 contradições

Prólogo: Nem tudo desta lista é endossado pelo Pastilhas - são apenas constatações generalizantes. E provavelmente tudo tem resposta satisfatória, mas vale a pena pôr a bola na marca do pênalti...

1. Reverenciar os anos 80 é imprescindível para qualquer FM, mas compositores consagrados da época ainda na ativa - como Frank Jorge e Wander Wildner - só são tocados quando regravados por Ira! ou Pato Fu.

2. Misturar rock com rap ou funk é garantia de público, mas as rádios rock não tocam nem rap, nem funk.

3. Ser diferente é ser radical, mas quanto mais se copia bandas radicais, mais "radical" se é.

4. Mesmo que venda milhões na Europa, banda britânica aqui é sempre "alternativa".

5. Ouvir só axé, pagode e congêneres é alienação, mas ouvir sempre o mesmo tipo de banda de rock é "autenticidade".

6. Eletrônica é coisa de viado, Queen e David Bowie não.

7. Se preocupar com roupas e jogo-de-cena no palco é fazer presepada, mas o teatro medieval do Iron Maiden é "puro rock n' roll".

8. Mesmo vendendo três vezes mais do que Los Hermanos e tendo um vocalista parente de jornalista famosa, Charlie Brown Jr. nunca é associado a jabá.

9. Cantar "balada do amor inabalável" é brega, "isso é amor" não.

10. Pagar caro por vinil em sebo é suuuper fashion, mas pagar caro por CD importado é coisa de burguês.

11. Palavrão em português é apelação. Em inglês é "atitude".

12. Escriba que elogia o que todo o mundo já elogiou é antenado, mas o que exalta o que a maioria (ainda) não conhece quer aparecer e criar hype.

13. Já o que fala mal do que é consagrado vira escriba cult, mas o que fala mal do que é cult vira qualquer coisa, menos um escriba consagrado.

Epílogo: Sim, o Pastilhas adora frases de efeito. E aspas.