Se você esquecer que é a versão oficial dos fatos, o livro que conta a história do Jornal Nacional é até interessante. Se bem que esotu na metade e até agora o que mais me interessou foi seu início, que conta como eram produzidas as matérias na década de 60. A gente se esquece, mas antes do advento do videotape, as matérias eram produzidas em película, reveladas e montadas em moviola. Um processo lento e moroso, que em nada se parece com a atual agilidade das câmeras e edições digitais dos nossos dias.
Em virtude disso, outra passagem que chama a atenção é a que relata que Boni, então todo poderoso da Globo, mandou fechar todos os laboratórios da emissora, para evitar que os então cinegrafistas usassem câmeras de cinema, numa época em que a emissora já possuía câmeras de video e ilhas de edição. Simplesmente porque eles não aceitavam a novidade.
Repito : tem que esquecer que o livro é a versão da Globo dos fatos ( as passagens que falam da Campanha pelas Diretas, em 84, e do início da briga com Brizola, em 82, por exemplo, são ridículas porque querem mascarar o que todo mundo já sabe ). Fazendo isso, o livro é uma bela pedida.
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