Rodrigo James, 35 anos, publicitário, jornalista, assessor de imprensa, dj amador, músico de computador, diretor de rádio lê, ouve, escreve, fala e respira cultura pop. Também atende nos websites www.programaaltofalante.com.br, www.portal180.com.br, no Orkut (http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=1365547244323894215), no MSN (tá bom que eu vou dar meu MSN assim assim) e está aberto a opiniões, crítica, chacotas e o que mais passar por sua cabeça. Ah, o email para contato é r.james@terra.com.br

domingo, janeiro 13, 2002

Deu no O Globo de hoje :

Medina confirma Rock in Rio 4 e quer o U2


Mario Marques

Na última quinta-feira à tarde, na Artplan, no Rio, Roberto Medina confirmou à sua equipe o que, por baixo, cerca de 1,2 milhão de pessoas, número estimado presente ao Rock in Rio 3, em janeiro de 2001, desejam, avidamente, saber: vai haver nova edição do festival ano que vem?

— Sim, claro, está confirmado! — dissera Medina no dia anterior ao GLOBO, ratificando o complemento do título do projeto, “Por um mundo melhor”, e também anunciando que a quarta versão do evento começará no dia 17 de janeiro de 2003.

— Vou esperar ele confirmar para mim — comentou, apreensiva, Roberta Medina, filha do empresário, a alguns minutos de entrar na tal reunião. — Sei que vamos começar a discutir. Ele sonha e a gente corre atrás para realizar. Se for verdade, nem dormir vou mais...

Rush, Peter Gabriel, rappers e latinos serão contatados
As noites de Medina, então, serão longas. O criador de um dos maiores festivais de rock do planeta tem, costumeiramente, planos ambiciosos. E, nas entrelinhas, deixa vazar a segunda informação mais importante: quem vai tocar? Ou pelo menos quem ele vai tentar contratar para o evento?

— Íamos fazer o Made in Brazil no meio do ano, um evento genuinamente brasileiro, e pensamos em trazer o U2 como atração internacional, mas achamos melhor adiar o projeto por enquanto — conta o empresário, que reafirma o cunho social do festival. — Mas agora o U2 vem, pode ter certeza. Eles querem vir, sentem-se em dívida com os fãs brasileiros. Na gravação do grupo para o especial do “Fantástico” (em novembro de 2000) , eles sobrevoaram a Cidade do Rock de helicóptero e ficaram impressionados com a estrutura.

Há outras fixações. Um dos grupos de rock mais esperados no Brasil, o power trio canadense Rush é uma delas. Em 2000, a tentativa de contratá-lo foi em vão.

— O empresário do grupo havia me dito que eles não estavam preparados para tocar no Rock in Rio — diz. — Não estavam ensaiados e tinham problemas particulares a resolver. Eles vão estar aqui. Sempre quis trazê-los.

Entre as propostas para a nova edição está a criação de mais uma Tenda Eletro e o investimento numa noite com astros latinos, outra de guitarras e mesmo uma dedicada ao rap. Tudo ainda sob especulação, mas envolto em doses maciças de entusiasmo nas palavras de Medina.

— O Peter Gabriel também cabe nesta edição — adianta o empresário, acrescentando ao pacote uma nova investida na reunião do The Who e no guitarrista Santana, amigo de Medina e entusiasta do projeto.

Guardada está igualmente a definição dos patrocinadores do evento. Sabe-se que a America On Line, empresa oficial do Rock in Rio 3, deve ser uma das parceiras. Porém, não mais a geradora principal de recursos como antes.

— Logo após o fim do Rock in Rio 3 já tínhamos empresas interessadas — explica. — Mas os atentados nos Estados Unidos fecharam temporariamente a mesa de discussões. Vamos retomar tudo agora.

Exatamente um ano após assistir, emocionado, aos três minutos de silêncio propostos pela paz, Medina hoje também vai tentar aquietar-se. Não deve dar. Já imagina seu telefone tocando sem parar.