Rodrigo James, 35 anos, publicitário, jornalista, assessor de imprensa, dj amador, músico de computador, diretor de rádio lê, ouve, escreve, fala e respira cultura pop. Também atende nos websites www.programaaltofalante.com.br, www.portal180.com.br, no Orkut (http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=1365547244323894215), no MSN (tá bom que eu vou dar meu MSN assim assim) e está aberto a opiniões, crítica, chacotas e o que mais passar por sua cabeça. Ah, o email para contato é r.james@terra.com.br

sábado, agosto 27, 2005

É tanta coisa que até esqueci que fui ver este filme aqui na quarta-feira:



Se você pretende ir ao cinema para ver um filme do Walter Salles, esqueça. Nada ali lembra o estilo que o consagrou em "Central do Brasil" oui "Abril Despedaçado". É apenas um filme bem meia boca de suspense. Mas tem a Jennifer Connelly. Só isso já é motivo suficiente para assistir. Talvez o único. Enfim...

E ontem vi isso aqui:



Esse é da série "soco na boca do estômago que faz pensar". Nem vou entrar no mérito da maravilhosa interpretação de Don Cheadle. O filme faz pensar só por uma frase dita por um dos personagens.

No início do conflito, quando todos ainda pensavam que as forças da ONU e os exércitos europeus iriam intervir, resolvendo o problema em Ruanda, o personagem de Cheadle, numa conversa com o personagem de Joaquin Phoenix (um cinegrafista de uma tv européia) afirma meio categoricamente, meio com medo da resposta, que o problema vai ser resolvido quando a Europa vir as imagens. No que é respondido com a frase: "Quando as pessoas virem essas imagens na tv na Europa, vão dizer 'meu Deus, que absurdo' e vão continuar seus jantares". E é isso mesmo. Ninguém se importa a ponto de se levantar e fazer alguma coisa. Quantos conflitos internacionais já assistimos pela tv sem nos dar conta da importância deles? E não fazemos nada. Ou por não podermos ou simplesmente por não termos como. E nem precisa sair do Brasil para ver isso acontecer.

Hotel Ruanda, no final das contas, é um filme obrigatório. Claro, se você tiver estômago para assisti-lo.