Antes eu tivesse ficado em casa.
Mas eu quis sair e acabei indo ao cinema assistir ao equivocado "Sexo, Amor e Traição".
Equivocado porque parte do princípio de que basta juntar alguns bonitões da telinha global, algumas das gostosas também da telinha global ( não está em questão se estas pessoas são ou não bons atores ), um diretor global, produção da Globo Filmes, colocar a Luciana Mello pra cantar a música tema, encher a trilha sonora de Caetano Veloso e Ed Motta e pronto. Voilá !
A receita parece infalível, mas se esqueceram de uma coisa : a história. Refilmagem de filme mexicano ( Sexo, Pudor e Lágrimas ), a versão brasileira chega a ser constangedora, quando vemos atores ótimos, como Alessandra Negrini e até o Fábio Assunção se entregando a papéis que nada mais são do que estereótipos ( o marido que não tem tesão pela mulher, o amigo forasteiro que chega de longe para rever a antiga namorada casada com seu melhor amigo, a antiga namorada que chega de longe e revê o antigo namorado casado com outra, a mulher que perdeu o tesão pelo marido, etc etc etc ), em interpretações que beiram o ridículo em algumns pontos.
"Sexo, Amor e Traição" quer ser um veículo para a beleza de seus atores e uma tentativa da Globo Filmes de conquistar o mercado adolescente de uma vez por todas. Pode dar certo, mas se eu fosse a Globo Filmes, reveria um pouco seus conceitos. Já erraram feio recentemente ( "Acquaria" e "Casseta e Planeta - A Taça do Mundo é Nossa '' são fracassos retumbantes de bilheteria ) e podem continuar errando se seguirem nesta linha. O público que vai ao cinema é um bem mais exigente do que o público que assiste novela.
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