Rodrigo James, 35 anos, publicitário, jornalista, assessor de imprensa, dj amador, músico de computador, diretor de rádio lê, ouve, escreve, fala e respira cultura pop. Também atende nos websites www.programaaltofalante.com.br, www.portal180.com.br, no Orkut (http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=1365547244323894215), no MSN (tá bom que eu vou dar meu MSN assim assim) e está aberto a opiniões, crítica, chacotas e o que mais passar por sua cabeça. Ah, o email para contato é r.james@terra.com.br

quinta-feira, março 18, 2004

Belo Horizonte me assustou.

Há algum tempo a idéia de mega-congestionamentos de trânsito me assusta bastante. Acho que desde o filme "Um Dia de Fúria". Nele, o personagem de Michael Douglas surtava em meio a um engarrafamento em Los Angeles e começava a atirar e ameaçar as pessoas a seu redor.

Pois ontem à tarde, tive uma amostra da paranóia que pode ser uma mega-engarrafamento. Não sei ao certo o motivo, mas o fato é que toda a região sul de Belo Horizonte esteve parada por volta das 14 horas. Ruas e avenidas estavam "travadas" e os motoristas desesperados tentavam encontrar caminhos alternativos em vão. Até mesmo as ruas em que normalmente não há trânsito neste horário estavam paradas. Sei que depois de aproximadamente uma hora de carro-parado-engata-a-primeira-arranca-e-pára-de-novo, consegui chegar até a Noir. Normalmente demoro 10 minutos para isto.

Em meio ao caos que se instaurou, fiquei lembrando de uma matéria do grande Alexandre Mathias, para a Folha de São Paulo, algumas semanas atrás, em que ele comentava o livro "Apocalipse Motorizado - A Tirania do Automóvel em um Planeta Poluído", uma espécie de tratado geral do pensamento antiautomóvel. O autor dizia, entre outras coisas, que um belo dia a cidade de São Paulo vai toda "travar". As pessoas vão sair de casa em um determinado horário, andar alguns poucos metros e pararem seus carros em pleno trânsito, que estará completamente e insanamente parado.

Fiquei imaginando se um dia Belo Horizonte vai chegar a este nível de paranóia. Depois de ontem, vi que pode acontecer e está bem mais perto do que eu imaginava.