Rodrigo James, 35 anos, publicitário, jornalista, assessor de imprensa, dj amador, músico de computador, diretor de rádio lê, ouve, escreve, fala e respira cultura pop. Também atende nos websites www.programaaltofalante.com.br, www.portal180.com.br, no Orkut (http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=1365547244323894215), no MSN (tá bom que eu vou dar meu MSN assim assim) e está aberto a opiniões, crítica, chacotas e o que mais passar por sua cabeça. Ah, o email para contato é r.james@terra.com.br

terça-feira, janeiro 21, 2003

Meu texto Jorge Amado, direto do Mundo Perfeito :

Da primeira vez que o seio de Aletéia encontrou as mãos de Nazir

Nazir não agüentava mais as provocações de Aletéia. A mulher do Coronel Severo todo dia arrumava uma desculpa para aparecer no armarinho. Sempre com a saia curta e o convencimento menor ainda. Falava do marasmo de viver na fazenda Santa Dorotéia, dos suores noturnos, da paixão estancada em seu coração. O turco tentava mudar de assunto.

- Por que você não diz logo que me ama ?

Mas quem disse que adiantava? A mulher sempre arrumava um jeito de voltar ao ataque. Usava técnicas de baixeza inomináveis. Chegou até a preparar uma pizza (inegável afrodisíaco), ainda caprichada na mussarela , só para Nazir não ter como recusar o agrado.
Orientado pela negra Juventina, o dono da armarinho resolveu a fazer um despacho para Ogum, na tentativa de se livrar da fazendeira e da perspectiva de ser atravessado por uma faca. Até cair o turco fez, para ver se passava por louco e espantava a insistente. Mas ela tinha o corpo fechado para despacho e aberto para teimosia. Num dia de calor retado, Aletéia entrou no armarinho com a desculpa de comprar um terço. Nazir não tinha terço a venda. Nem como resistir ao seio de Aletéia exposto daquela forma bela. Danou-se.