Rodrigo James, 35 anos, publicitário, jornalista, assessor de imprensa, dj amador, músico de computador, diretor de rádio lê, ouve, escreve, fala e respira cultura pop. Também atende nos websites www.programaaltofalante.com.br, www.portal180.com.br, no Orkut (http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=1365547244323894215), no MSN (tá bom que eu vou dar meu MSN assim assim) e está aberto a opiniões, crítica, chacotas e o que mais passar por sua cabeça. Ah, o email para contato é r.james@terra.com.br

quinta-feira, agosto 22, 2002


CIDADE DE DEUS

Confesso que fui para o cinema hoje achando que veria um ótimo filme, e até passou pela minha cabeça que ele poderia ser uma obra-prima. Mas minha imaginação não foi fértil o suficiente para visualizar a obra que é Cidade de Deus. É muito mais do que um filme.

Ao adaptar o espetacular livro de Paulo Lins, Fernando Meirelles e Kátia Lund construiram não só um filme definitivo sobre a ascensão do tráfico e da violência no Rio de Janeiro, como conseguiram chamar a atenção para o que ali acontece. O filme é cruel, dramático, engraçado, e sobretudo verdadeiro. Nos pega de surpresa. Quando percebemos, estamos rindo de uma situação caótica em uma cena, enquanto na seguinte estamos grudados na cadeira torcendo pelo triunfo de um traficante. Tudo isso somado à espetacular direção de atores, à direção do filme propriamente dita, a produção cuidadosa, a reconstituição de época ( o filme acontece num período de 20 anos ) e à emergência do assunto, fazem com que Cidade de Deus não seja somente o filme do ano, mas um acontecimento.

Um filme para se visto, revisto, e para fazer pensar. No tema e na maturidade que o cinema brasileiro conseguiu atingir com a realização dele.

Se você for assistir apenas um filme em 2002, assista Cidade de Deus.