Rodrigo James, 35 anos, publicitário, jornalista, assessor de imprensa, dj amador, músico de computador, diretor de rádio lê, ouve, escreve, fala e respira cultura pop. Também atende nos websites www.programaaltofalante.com.br, www.portal180.com.br, no Orkut (http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=1365547244323894215), no MSN (tá bom que eu vou dar meu MSN assim assim) e está aberto a opiniões, crítica, chacotas e o que mais passar por sua cabeça. Ah, o email para contato é r.james@terra.com.br

terça-feira, maio 31, 2005

Gravamos!

Então é isso. Gravamos os dois primeiros programas Alto Falante na Pelo Mundo. Se ficou bom, eu não sei. Vocês é que vão dizer.

Estréia nesta sexta, às 9h30 e 21h30 na webrádio Pelo Mundo (www.pelomundo.com.br)




Escrever em um blog é uma arte extremamente de lua. E nestes dias tenho escrito pouco porque além de eu estar numa lua desfavorável, estou gastando todo o meu fosfato numa troca de emails insana com uma pessoa. Um dia publico estes emails. Talvez num livro.




Notebook novo com conxão wireless é o que há.




domingo, maio 29, 2005

Boa a festa de aniversário de Cris Seixas ontem na casa dele. Cheguei lá pelas 11 da noite e achei que não fosse encontrar ninguém conhecido a não ser Ricardo. ledo engano. Parecia que conhecia todo mundo da festa. Acabei passando a noite inteira conversando, bebendo e dançando com Fernanda Veras e uma amiga divertidíssima, ótimo papo e minha mais nova "amiga de infância" chamada Tânia. Engraçado quando você conhece uma pessoa e parece que são amigos há anos.
Ricardo também foi, mas chegou às 3 e meia. Detalhe: fomos os últimos a sair da festa, às 4 e meia da matina.




sábado, maio 28, 2005

Alguém me indica uma série para acompanhar, agora que a primeira temporada de Lost acabou e a quarta de 24 está quase toda aqui no meu HD, esperando por ser assistida?




sexta-feira, maio 27, 2005

Vejam o quão dura é a vida de uma pessoa que trabalha sozinha, fazendo seus horários.
Hoje, pouco depois do meio-dia, Cuíca me liga convidando para almoçar. Eu havia acabado de comer, mas não pude recusar, já que o convite incluía Lu, Lorena, cerveja e um dos bares do Comida Di Buteco. E lá fomos para o Melzinho, no São Bento. Papo agradável, cerveja gelada, tira-gosto maravilhoso (Frango metido à besta) e um passeio de carro colocando as novidades em dia. Ah sim, o segundo filho deles nasce agora em junho e vai se chamar André.




quinta-feira, maio 26, 2005

Pra quem já viu o video em que a Paris Hilton suga com toda a força um membro de um ex-namorado, além de outras cositas más, esse comercial do Spicy BBQ Burguers que a Parents Television Council quer proibir é brincadeira de criança.

Mas é....err.....spicy.




PROGRAMA ALTO-FALANTE ESTRÉIA SUA VERSÃO RADIOFÔNICA NA INTERNET


E lá se vão mais de 8 anos desde que o ALTO-FALANTE estreou na Rede Minas para levar um pouco mais de informação musical a um público ávido por iniciativas nesse segmento. Neste período, foram incontáveis os clipes, matérias especiais, coberturas de eventos, críticas de discos, perfis, notícias, furos de reportagem, promoções e tudo mais que envolve a paixão pela boa música. O ALTO-FALANTE é hoje o mais importante programa de música pop do país, o que pôde ser comprovado recentemente, quando foi o vencedor do Prêmio Claro de Música Independente na categoria Melhor Programa de TV.

Agora, o ALTO-FALANTE se prepara para mais uma empreitada. A partir do dia 3 de junho, o programa ganhará uma versão radiofônica, surfando nas ondas da internet, através da webrádio Pelo Mundo (www.pelomundo.com.br). Semanalmente, todas as sextas-feiras, Terence Machado, Thiago Pereira e Rodrigo James estarão mostrando lançamentos, clássicos, performances ao vivo, artistas perdidos no tempo, raridades, notícias, opiniões e muita informação relacionada com o meio musical.

A iniciativa do programa e a parceria com a webrádio Pelo Mundo vêm de encontro com a proposta atual do programa, de sempre estar na vanguarda musical e da tecnologia. Paralelamente à versão radiofônica, a equipe do ALTO-FALANTE se prepara para comemorar ainda mais o prêmio conquistado, com novas vinhetas e programação visual de sua versão televisiva. Em breve, os telespectadores poderão assistir a um novo ALTO-FALANTE, mas por enquanto, a novidade vêm das ondas da internet.




FRASE DO DIA:

"Alguém que tenha relações sexuais com o seu próprio clone é homossexual, se masturbou ou se fudeu?"




quarta-feira, maio 25, 2005

Chegou isso hoje por email. É a verdade dos relacionamentos nos dias de hoje:

Era uma vez um rapaz que pediu uma moça em casamento e a moça disse:

- Não.

E ambos viveram felizes para sempre.

Simples, não?




terça-feira, maio 24, 2005

ah, o maravlhoso mundo da tecnologia...

agora tenho conexão wireless em casa. lindo, não?




CARDÁPIO DO DIA




E hoje é aniversário de meu pai.

Então, parabéns pra você!




segunda-feira, maio 23, 2005

E depois do furacão Star Wars, a vida volta ao normal. Até a próxima vez em que eu for assisti-lo, daqui a umas duas semanas.
O fim de semana foi bastante tranquilo, com duas idas à Obra, na sexta e no sábado. Na sexta, a noite começou na casa de Ricardo e terminou lá pelas 5 da manhã na Obra. No sábado, fui diretamente para o antro, mas terminei a noite mais cedo por motivos que não vêm ao caso.




sábado, maio 21, 2005

Não há nada como um sábado inteiro em casa, depois de uma ótima noite na Obra ontem. O cardápio do dia incluiu "Melinda e Melinda", último filme de Woody Allen, que ainda não foi exibido no Brasil, mas graças à internet já se encontra disponível nos arquivos da Cotonísio Video.




sexta-feira, maio 20, 2005

STAR WARS EPISÓDIO III - A VINGANÇA DOS SITH

Gente, vamos combinar...

Tem toda a mística da série, é emocionante ver a história finalmente sendo amarrada (principalmente os mais ....err.....velhos, como eu, que pegaram a euforia da série original, quando lançada nos cinemas, etc)

Mas o filme tem muuuuuuuuuuuuitos problemas.

A começar por Hayden Christensen, o pior ator de toda a série Star Wars, sem dúvida alguma. Em alguns momentos, quando ele demonstra sua "raiva", dá vontade é de rir.

E passando pelos outros atores, Ewan McGregor e Natalie Portman até que se salvam pois são ótimos atores por sí só, mas a direção de atores é inexistente. Samuel L. Jackson está horrível, Christopher Lee também (ainda bem que ele aparece pouco) e por aí vai. Definitivamente Lucas perdeu o tino de como dirigir atores e dar emoções às cenas. Lembram-se de "American Grafitti" que ele dirigiu com maestria? Pois é. E os diálogos? Que lástima!

Como se isso tudo não bastasse, existe um problema de ritmo que já vem desde o Episódio 2. A impressão que dá é que existe muita coisa filmada para pouco tempo de filme no final. E deve existir mesmo, já que o Lucas disse que as versões em DVD devem sair com o dobro do tempo. O ritmo do filme é tão quebrado e são tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo que não dá nem tempo do espectador entrar no clima da cena. Ela acaba antes.

Mas mesmo assim, descontado isso tudo, eu gostei. Porque na real, nada disso importa, quando o assunto é Star Wars, certo?




quinta-feira, maio 19, 2005

Por um acaso vocês já viram um comercial de um serviço de chat telefônico chamado "Disk Galera"?

Nada demais, a não ser o texto, que diz insistentemente que o personagem X vivia de shopping em shopping à caça até que encontrou a fulaninha Y, que também vivia de shopping em shopping à caça. Hoje os dois continuam de shopping em shopping, só que juntos.

De duas, uma. Ou as duas.

1. É o maior caso de publicidade segmentada que eu já vi. Se você não frequenta shopping, não precisa querer ligar pra lá.
2. Este tal Disk Galera é de alguma Associação de Lojistas de algum shopping?




Você está precisando encontrar Jesus?




Quem diria que o Chaves iria parar na Globo...

Globo faz oferta para tirar 'Chaves' do SBT

DANIEL CASTRO
COLUNISTA DA FOLHA

O inimaginável pode ocorrer. A Globo fez uma proposta à rede mexicana Televisa para comprar os direitos de exibição de "Chaves", seriado com imagem associada ao SBT, que o exibe há quase 21 anos. A intenção da Globo não é exibir o programa, que considera sem qualidade técnica, mas torná-lo mais caro ao SBT.
Como o contrato do SBT com a Televisa vence no próximo dia 31, e Silvio Santos não se propôs a pagar o que foi pedido, os mexicanos estão fazendo uma espécie de "licitação" (como ocorre no Equador) por "Chaves".
Além da Globo, estão na disputa a Record, a Band e a Rede TV!. As negociações continuam nesta semana na feira de TV L.A. Screenings (EUA). A decisão da Televisa deve sair na semana que vem.
A Televisa pede US$ 1,5 milhão por ano por um pacote que inclui cerca de 250 episódios de "Chaves" e quase 600 de "Chapolin" e "Chespirito". É o triplo do que o SBT pagava.
O SBT pode igualar a melhor proposta das concorrentes e levar o pacote. Mas Silvio Santos não estaria disposto a bancar a proposta da Globo, caso ela seja de US$ 1,5 milhão, porque "Chaves" dá audiência, mas não fatura.
Assim, é possível que a Globo compre o seriado. O contrato da Televisa obriga que o programa seja levado ao ar todos os dias, mas não impõe o horário. A Globo poderia esconder "Chaves" de madrugada, por exemplo.




quarta-feira, maio 18, 2005

Notícia do Blue Bus de hoje:

'Deu pau' no painel digital da BBC usando Windows 13:13 O retangulo cinza, com barra azul e icone de alerta em amarelo, sinal de erro no funcionamento de um programa, é velho conhecido de quem usa sistema operacional Windows. Nao deveria, mas pode ser visto também em um painel digital da BBC. O flagrante do mau funcionamento da peça - que usa também Shockwave - foi feito ontem por um usuario do Flickr, site de photo sharing - veja imagem abaixo. Nao informa, no entanto, o local onde o painel está instalado.




Essa vai especial para o Luiz, o Daniel e o Bezzi:

Lembram-se da célebre foto "Eu no Show do Skank"?

Pois é. Dando continuidade à vitoriosa série, lá vai mais uma:

"Eu e Fernanda no show do Skank"




"Será na casa do vizinho de novo. Esperamos que seja como contra o Corinthians, quando pudemos abrir a geladeira e até mijar de porta aberta para não falar coisa pior"
(Grafite, sobre o jogo de hoje contra o Palmeiras. E viva o futebol e suas provocações!)




terça-feira, maio 17, 2005

Ha. Ha. Ha.




segunda-feira, maio 16, 2005

E lá fui eu num domingo à noite sair de casa para ver mais um show do Skank. O de ontem não precisaria ser visto, já que é o mesmo show que eu havia visto quando eles lançaram Cosmotron. Ledo engano. Não só é o mesmo show (eles mudaram muito o set list), como acrescentaram algumas canções de seu repertório mais antigas. Até improvisaram "O Homem Que Sabia Demais" a pedido do público. Fizeram um showzaço, visivelmente emocionados por estarem tocando no quintal de casa, com ingressos esgotados há uma semana.

Depois, um desencontro fez com que eu, Lud e Bob fôssemos até o Speciali do Pátio Savassi enquanto o resto da turma foi para o Artesanato da Pizza. Na verdade, o desencontro foi ocasionado pelo estacionamento do Pátio, que estava completamente parado e não permitiu que nós três tirássemos nossos carros de lá.




domingo, maio 15, 2005

Tem música nova aqui.




sábado, maio 14, 2005

Quinta-feira, dia 19 de maio, às 21h30, no cine Diamond 6, no Diamond Mall, em belo Horizonte.

Bora?




Não sei se esse texto é mesmo do Armando, mas é.....massa!

UPDATE: este texto não é do Armando, é do professor Idelber Avelar, dono do blog O Biscoito Fino e a Massa.

A MASSA
(Armando Nogueira)


Torcidas, as haverá mais numerosas (Flamengo) ou mais conhecidas por sua grandeza (Corinthians), mas nenhum séquito futebolístico brasileiro se compara ao do Clube Atlético Mineiro em mística apaixonada, em anedotário heróico, em poesia acumulada ao longo dos anos. "A Massa", como é simplesmente conhecida em Minas Gerais, compartilha com a torcida
corinthiana ("A Fiel") a honra de deixar-se conhecer com um substantivo ou adjetivo comum transformado em nome próprio, inconfundível. A Fiel, A Massa: poucas outras torcidas terão realizado tal operação de mutação de um nome comum em nome próprio.

Muito distintas são, no entanto, as torcidas dos alvi-negros paulistano e belo-horizontino: quem já vestiu a camisa do time do Parque de São Jorge sabe que a Fiel é fiel em sua paixão, não em seu apoio. Na derrota, a Fiel é implacável. Está sempre lá. Mas é capaz de crucificar com um pequeno manifestar-se de sua raiva. Na vitória, cobra cada vez mais, e reinstala aí sua insatisfação, cuja raiz quiçá esteja no mal-resolvido trauma dos 23 anos sem título, e do grande pesadelo de duas décadas chamado Pelé. A Fiel é fiel, e sempre o foi, mas sua fidelidade se nutre de um descompasso entre a
alma do torcedor e a alma do time.

No caso do atleticano, a alma do time não é senão a alma da torcida. Toda a mística da camisa, das vitórias sobre times tecnicamente superiores (e também das derrotas trágicas e traumáticas), emana da épica, das legendárias histórias que nutre sua apaixonada torcida: nem o Urubu, nem o Porco, nem o Peixe, nem a Raposa, nem o Leão, nem nenhum animal mascote se confunde com o nome do time, com sua identidade, com sua alma mesma, como o Galo com o Atlético Mineiro. E Galo é o nome da torcida (GA-LO), bíssilabo cantável e entoável como grito de guerra que ela eternizou ao encarnar em si o espírito do animal. Nenhum outro time é conhecido por tantas vitórias improváveis só conquistadas porque a massa empurrou. "Quem possui uma torcida como esta, é praticamente impossível de ser derrotado em casa" (Telê Santana).

Pelos idos de 69 ou 70, o timaço do Cruzeiro já tetra ou pentacampeão entrava em campo mais uma vez e parecia que de novo ia humilhar o Atlético, que já amargava o quinto aniversário do Mineirão sem nenhum título estadual. A superioridade técnica de Tostão, Dirceu Lopes, Natal, Raul, Piazza e cia. era simplesmente incontestável. Mesmo naquele clássico durante vacas tão magras, a massa atleticana era, como sempre foi, maioria no Mineirão. Impotente, ela viu Dirceu Lopes abrir o placar e o time do Cruzeiro massacrar o Galo durante 45 minutos. No intervalo, a massa que cantava o hino do Atlético foi inflamada por um recado de Dada Maravilha pelo rádio: "Carro não anda sem combustível." A fanática multidão encheu-se de brios, fez barulho como nunca, entoou o grito de guerra como nunca, encurralou sonoramente a torcida cruzeirense, e o time do Atlético - infinitamente inferior, liderado pelo artilheiro Dario e pelo seu grande goleiro (como é
da tradição atleticana) Mazurkiewcz - virou o placar para 2 x 1 sobre o escrete azul, e abriu caminho para a reconquista da hegemonia em Minas, selada com o título estadual de 70 e o Brasileiro de 71. Nenhum dos jogadores atleticanos presentes nessa vitória jamais se esqueceu da energia que emanava das arquibancadas, e que literalmente ganhou o jogo.

Também as derrotas tradicionalmente contribuiram para a mística e paixão atleticana: como em 1999, quando o visitante Corinthians trouxe ao Mineirão sua máquina que se preparava para ser bicampeã brasileira e campeã mundial. O Galo se recuperava no Campeonato Brasileiro, vinha de uma vitória sobre o Grêmio no Olímpico, e a Massa mais uma vez lotou o estádio. Com seu toque de bola, o Corinthians envolveu o time atleticano, e no meio do segundo tempo já aplicava impiedosos 5 x 0, enquanto tocava a bola, colocava os atleticanos na roda e esperava o fim do jogo. Vendo seu time humilhado por um adversário superior dentro de seu próprio terreiro, a massa se levantou, e cantou durante mais de 10 minutos o belo hino, mais alto e com mais amor que nunca. Nenhum jogador presente se esqueceu, e um ano depois o Galo devolveria ao Corinthians os 5 x 1 do Mineirão, com sonoros 4x0 no Maracanã.

Como no silêncio sepulcral que envolveu o Mineirão em março de 1977, quando a grande equipe atleticana de Cerezzo, Reinaldo, Paulo Isidoro, João Leite e Marcelo perdeu nos pênaltis o título que todos já consideravam seu, incluindo-se, às vezes parece, os próprios adversários são-paulinos. O time do Atlético - mesmo jogando sem Reinaldo, injustamente suspenso - foi empurrado pela torcida, mostrou-se muito superior ao do São Paulo, como havia feito durante todo o campeonato em que acumulou 17 vitórias, 4 empates e nenhuma derrota, encurralou o adversário durante 120 minutos, mas o gol não saiu. O título é perdido nos pênaltis, mesmo depois de duas grandes defesas de João Leite em cobranças são-paulinas. Angelo, um dos craques do jovem time atleticano, deixa a partida pisoteado por Chicão, e nunca mais seria o mesmo. O Galo, base da seleção brasileira de Osvaldo Brandão, sai de campo vice-campeão invicto, com os 11 jogadores abraçados, 10 pontos à frente do campeão, e a Massa recebe aí sua grande tarefa dos próximos anos: realizar o luto pelo enorme trauma. Começou a tarefa no domingo seguinte às 10 da manhã, levando legiões de bandeiras para uma amarga partida contra o Bahia no Mineirão. Nenhuma outra derrota de um favorito no Brasileirão se revestiria de tanta mística apaixonada. A partir daí essa Massa acumularia 10 títulos mineiros em 12 anos, e uma sequência de campanhas sensacionais no Brasileirão (o Atlético Mineiro é o time que mais pontos conquistou nos Campeonatos Brasileiros), interrompidas na final ou semifinal, em jogos fatídicos (Flamengo-80, Santos-83, Coritiba-85, Guarani-86, Flamengo-87,
Corinthians-88).

A magia atleticana se encarnaria no seu torcedor mais famoso, Sempre, cujo nome real não se conhece, tal é força do apelido. Durante décadas, Sempre ocupou as arquibancadas do Independência e do Mineirão, com sua bandeira e seus ditos legendários. Nunca deixou de comparecer e nunca vaiou o time, embora chorasse nas derrotas. Foi dos primeiros a entoar o hino composto por Vicente Motta em 1969, e depois aprendido por milhões em todo o Brasil. Abria e fechava o clube diariamente, e participou de epopéias memoráveis da massa atleticana, como quando a multidão carregou no colo o
artilheiro Ubaldo, pentacampeão mineiro de 1956, de sunga, ao longo dos 5,5 kilômetros que separam o estádio Independência da Praça Sete, ou como quando 20.000 atleticanos invadiram o Maracanã e empurraram o time à conquista do Primeiro Campeonato Brasileiro, em 1971, sobre o Botafogo de Jairzinho.

O Furacão de 70 sentiu seu peso de novo cinco anos mais tarde, na decisão o Mineiro de 76 - quando a Massa, mesmo tendo comemorado só 1 dos últimos11 campeonatos mineiros, tomou conta do Mineirão para empurrar uma turma de meninos de 18-21 anos (de nomes Reinaldo, Cerezzo, Paulo Isidoro, Danival, Marcelo) a vitórias contundentes sobre o campeão da Libertadores. Estava aberto o caminho para o hexacampeonato de 78-83.

"Se houver uma camisa alvi-negra pendurada no varal num dia de tempestade, o atleticano torce contra o vento." O achado do cronista Roberto Drummond resume a mitologia do Galo: contra fenômenos naturais, contra todas as possibilidades, contra forças maiores, a torcida atleticana passa por radical metamorfose e se supera. Superou-se tantas vezes que já
não duvida de nada, e cada superação reforça ainda mais a mística, como uma bola de neve da paixão futebolística. Nenhum atleticano hesitaria em apostar na capacidade da Massa de transformar o impossível em possível a qualquer
momento, de fazer parar aquela tempestade que açoita o pavilhão alvi-negro deixado solitário no varal.

Não surpreende, então, o sucesso que tiveram os jogadores uruguaios que atuaram no Atlético Mineiro, do grande Mazurkiewcz ao maior lateral-esquerdo da história do clube, Cincunegui. Se há uma mística de garra e amor à camisa
que se compara à atleticana, é a da celeste, não mineira, mas uruguaia. Só à seleção uruguaia a pura paixão por um nome e um símbolo levou a tantas vitórias inacreditáveis, improváveis, espíritas, ou puramente heróicas. Em 1966, as duas camisas legendárias se encontraram, e o Galo derrotou o Uruguai duas vezes (26/04/66 - Atlético 3 x 2 Uruguai, 18/05/66 - Atlético 1 x 0 Uruguai).

Ao contrário das torcidas conhecidas por sua origem étnica (Palmeiras Cruzeiro, Vasco), por sua origem social (Flamengo, Fluminense, Grêmio, São Paulo), ou por seu crescimento a partir de uma grande fase do time (Santos, Cruzeiro), qualquer menção da torcida do Atlético Mineiro evoca, invariavelmente, a substância mesma que constitui o torcer. O amor ao time na vitória e na derrota, o apoio incondicional, a garra, a crença de que sempre é possível virar um resultado, o hino entoado unissonamente: a legião fanática que ama o Galo acima de tudo sabe que ser atleticano é unir-se num estado de espírito, compartilhar uma memória, e fazer da esperança uma permanente iminência.

A massa atleticana é a prova maior de que, mesmo em época de profissionalização total do futebol, e do negócio futebol, para o povo brasileiro este é acima de tudo paixão por uma cor, um nome, um símbolo, a memória de um instante que pode ser um gol, um campeonato, um abraço ou um beijo. Galo é o nome que mais radical e verdadeiramente expressa, para tantos milhões de brasileiros, o inexplicável dessa paixão. O Galo é o único clube a ter vencido a Seleção Brasileira. E não foi qualquer uma. Ela entrou em campo com Felix, Carlos Alberto, Djalma Dias, Joel e Rildo (Everaldo); Piazza e Gérson (Rivelino); Jairzinho, Tostão (Zé Maria), Pelé e Edu (Paulo César). O Galo venceu com Mussula, Humberto Monteiro, Grapete, Normandes (Zé Horta) e Cincunegui (Vantuir);Oldair e Amauri (Beto); Vaguinho, Laci, Dario
e Tião (Caldeira).




Ontem fui ver "Casa de Areia". O público e a crítica se dividiram. Para uns, o filme é só chato. Para outros, é de uma poesia ímpar. Fico com a segunda hipótese. O filme é beeeem lento, mas a força das imagens, e das performances mais do que magistrais do elenco como um todo, fazem com que seja um grande filme. Sem muitas palavras, o filme é sensorial, se apoia na compreensão que temos da emoção humana. As expressões das Fernandas, de Seu Jorge, de Luiz Melodia, Stênio Garcia, Emiliano Queiroz e o resto do elenco dizem bem mais do que os escassos diálogos. O final (que não vou contar, obviamente) é mais do que uma redenção para mãe e filha, é o (re)encontro definitivos das duas com seus destinos. E no deserto das emoções, é ali que elas sabem que podem controlá-lo.

De quebra, é o melhor filme de Andrucha Waddington. E isso não é poca coisa para quem havia nos dado um "Eu Tu Eles". Imperdível.




sexta-feira, maio 13, 2005

Na impossibilidade de ir a um dos bares concorrentes do Comida Di Buteco (no caso, o Bar do Antônio, no Sion), eu, Lud e Mariinha acabamos indo até a Pizzaria Kauhana, na Savassi. À parte o fato que ela fica nos fundos de uma loja de surfwear, ela é bacana e a comida é deliciosa. Recomendo com louvor. Fica na Rua Tomé de Souza, atrás du Bueno Brandão.




quinta-feira, maio 12, 2005

Classic albums

Classic albums

Que o Classic Albums é uma série bacana, todo mundo já sabe. Portanto nem preciso recomendar o do Nirvana. Vão já à locadora mais próxima!




Daniella,

nós fomos vizinhos, eu cansei de ter ver pela janela do meu quarto e não foram raras as vezes em que nos encontramos pelas ruas do Gutierrez. Sempre achei que você era uma garota bacana, fina, que gostasse da vida acima de tudo e que fosse seguir sua carreira de modelo da maneira mais digna possível. Como a Gisele, por exemplo.

Mas aí você caiu nas graças da mídia e com a superexposição começaram as fofocas, as baixarias, etc. Eu sempre te achei uma garota bem humorada e nunca achei que você fosse desse tipinho aí, louca por mídia. Mas quando fui vendo seus namorados, vi que poderia estar errado. Um tal de Guto, aquele João...

Mas aí você achou o Ronaldo. E casou com ele.

Foi um casamento conturbado, mas parecia que ia dar certo. O Ronaldo, à parte ele ser uma pessoa famosa, parece boa gente. Fiquei torcendo por vocês, mas com uma pontadinha de inveja por não ser eu o escolhido. Afinal que homem não quer a oportunidade de passar pelo menos alguns momentos com você?

Mas aí vocês se separaram? O que aconteceu?

Eu não sei, Dani. Só sei que fica agora a nítida impressão de que tudo foi um grande golpe do baú. E quero ver você me convencer do contrário. Eu acho que aquela menina que andava aqui no Gutierrez, torcendo os pescoços dos homens que passavam ao seu lado não existe mais. Agora existe uma pessoa gananciosa que quer subir na vida a todo custo.

Enfim, ainda assim espero que você seja feliz. E que um dia consiga me desmentir, se é que você pode.

Abraços e beijos,
Rodrigo

Obs.: os nomes desta carta são fictícios. ou não.




quarta-feira, maio 11, 2005

Mr Kibeloco é foda:




terça-feira, maio 10, 2005

DELÍCIA DA SEMANA:
Acabei de baixar uma espécie de caixa com tudo que Van Morrison gravou desde o início de sua carreira solo até 1980. Simplesmente lindo!




Correria, correria, correria.




domingo, maio 08, 2005

Sexta-feira mais do que movimentada. O aniversário do Café com Letras conseguiu lotar o local de uma maneira inédita. As mesas do salão central foram retiradas e ele virou uma enorme pista de dança. Durei até uma da manhã, quando rumei para o segundo tempo: a Obra. Bang On, Ulisses e Carol. Há muito tempo não bebia tanto. Juntando as vodkas consumidas no Café com as cervejas da Obra, virou uma grande bebedeira. Depois, o sanduíche no New Foods e a noite terminou às seis da manhã depois de muita música boa.

No sábado, o programa foi caseiro. Só saí de casa ao final da tarde para uma "reunião" na casa de Terence. A despeito de ser uma reunião para formatarmos nosso programa de rádio (conto isso num outro dia, perto de ele estrear), ficamos bebericando, comendo tira-gostos e ouvindo boa música.

Acabei trazendo para casa o documentário "Some Kind of Monster", do Metallica. Como bem disse a meus comparsas, eu estava in the mood of dormir hoje com raiva de Lars Ulrich. E não deu outra. Coitados do James Hetfield, do Kirk Hammett e agora do Robert Trujillo por aguentarem o cara. São duas as melhores passagens: a primeira, quando James vira na cara dura e diz que não está conseguindo fazer música mais com Lars. Fiquei torcendo para o pau quebrar. Não aconteceu, James foi para a clínica de reabilitação e voltou um ano depois todo doce. A segunda é o acerto de contas histórico entre Lars e Dave Mustaine, que foi chutado da banda na década de 80 e fundou o Megadeth. Eu não tinha a idéia que a mágoa de Mustaine era enorme e mesmo depois de todos estes anos, ela havia permanecido intacta. Mesmo não gostando da banda, "Some Kind of Monster" é um dos melhores documentários de rock da história. Ainda que fique claro que o Metallica hoje é bem mais um negócio do que uma banda de rock.




sexta-feira, maio 06, 2005

E quem diria que o funk carioca conquistaria o mundo....




Eu sei que ando numa fase eletrônica, mas não dá pra ignorar que o bom e velho rock and roll ainda me dá arrepios.

Ontem à noite fui com meus comparsas Terence, Thiago e Rômulo ao show do Kamikaze, num local chamado No Fundo do Baú. Se você não é de Belo Horizonte, a casa é um bar com espaço para shows, onde normalmente se apresentam bandas de rock setentista, covers de Creedence e até uns sertanejos de vez em quando. Fica num local frio pra caralho nessa época, na Av. Raja Gabaglia.

Mas lá fomos. A noite era comemoração de 5 anos do programa "Acetato", da Rádio Geraes FM. O programa toca o melhor da era do vinil, digamos assim.

Para quem não conhece 3 - o Kamikaze foi tranquilamente a melhor banda de hard rock do país. Pena que as montanhas de Minas não deixaram que ela saísse daqui. A canção "Machado de Guerra" ficou em primeiro lugar nas mais pedidas da extinta Rádio Terra FM, lá pelos idos de 1985, 1986. Saía a nova do Iron Maiden, do ACDC ou qualquer uma destas e pimba! "Machado de Guerra" ainda continuava no primeiro lugar. E nesta época o rock and roll estava na ordem do dia e a Terra era a líder de audiência.

Voltando ao show, é impressionante como uma guitarra, um baixo e uma bateria, aliados a um vocalista poderoso, ainda assombram os mais incrédulos. Difícil é destacar alguém dentre os quatro que fazem parte do Kamikaze (parênteses para uma história. dizem as más línguas que eles foram sumariamente garfados na eliminatória para o Rock & Rio 2, em 1991, que deu direito a Laura Finnochiato e Vid & Sangue Azul de tocarem para a multidão. Quem estava lá, sabe que o Kamikaze foi infinitamente melhor). Guilherme Bizzoto, Reginaldo Gomes, João Guimarães e o estupendo baixista, que me esqueci o nome, simplesmente dão aulas de rock and roll todas as vezes que sobem a um palco. Só pra dar um exemplo: que outra banda tem a "petulância" de tocar "Foxy Lady", de Hendrix, como música incidental, só no baixo e na bateria? Não é átoa que sempre podemos encontrar entre o público elementos de bandas de hard rock mineiras, como 9Ora e Tianastácia. Talvez aprendendo um pouco como se faz.

Uma pena mesmo que muito poucos tenham acesso hoje e saibam a importância desta banda para a história do rock no Brasil. Com certeza, foi zilhões de vezes melhor do que seus contemporâneos paulistanos, como Harppia por exemplo. Quem tiver oportunidade, procure ou me peça (tenho coisas da banda num cd que foi editado há alguns anos, como uma espécie de coletânea de seu trabalho até então). Ou ainda aguarde pelo novo trabalho deles, que será lançado ainda este ano, com produção do mago Chico Neves.




quinta-feira, maio 05, 2005

-Give me a "C"!
-"C"!
-Give me an "E"!
-"E"!
-Give me a "N"!
-"N"!
-Give me a "S"!
-"S"!
-Give me an "O"!
-"O"!
-Give me a "R"!
-"R"!
-Give me another "S"!
-"S"!
-Give me an "H"!
-"H"!
-Give me an "I"!
-"I"!
-Give me a "P"!
-"P"!
-And what do we get???
- "CENSORSHIP"!!!




quarta-feira, maio 04, 2005

STOP THE PRESS!!!

Acabei de ver uma cena memorável na novela "América". Déborah "Sol" Secco simplesmente saiu de uma caixa de televisor, na casa do Caco Ciocler e da Camila Morgado. Pelo que eu entendi, ela conseguiu entrar nos Estados Unidos assim?

É por isso que eu digo: esqueçam Casseta e Planeta, Hermes e Renato, Pânico na TV. O melhor programa de humor da tv brasileira na atualidade vai ao ar de segunda à sábado, às 21 horas, na Rede Globo.




Ontem fui expulso de casa. Calma que eu explico. Aproveitei que a dedetizadora iria se encarregar de matar todas as baratas que tem infestado os aposentos do apartamento onde resido, para fazer exame de vista. Como não poderia voltar para casa pelas quatro horas seguintes, fui fazer exame de vista e depois fiquei dando voltas pela Savassi em busca de um presente para Mariana Peixoto. Fiquei impressionado com o número de pessoas que passeiam numa tarde ensolarada porém fria de terça-feira em um shopping - no caso, o Pátio Savassi. Vem cá, essas pessoas não trabalham ou estudam? Quando eu estudava apenas meio horário, ou trabalhava idem, não ficava assim perambulando pelos shoppings da cidade. Se bem que eu ia muito ao cinema à tarde. É, vai ver é a mesma coisa e eu estou sendo radical demais. Ou será que existem centenas de pessoas que, como eu, são expulsos de casa enquanto a dedetizadora mata as baratas e aproveitam para fazer um exame de vista?




terça-feira, maio 03, 2005

Quem é rei nunca perde a majestade. Imagine quem é Deus...

A primeira foto do Cream reunido ontem à noite, em Londres.




E aguardem. Em breve, este que vos fala estará ao lado de dois ilustres companheiros nas ondas do rádio. Webrádio, para trocar em miúdos.




No final de semana, eu vi isso aqui ó:



E sabe que gostei? Não é uma comédia romântica como é vendido aqui. Só por ser um filme do James L. Brooks já dá pra saber o tipo. Destaque para a linda, maravilhosa, gostosa e tesuda Paz Vega.




Conta aí, Severino. Como é ser mais ou menos virgem?




Correria, correria, correria.




domingo, maio 01, 2005

Fim de semana movimentado. Na sexta, fomos (eu, Marcela e Letânia) ao bar da Neca. Lá pelas tantas, Jônio e Áurea apareceram. Comemos, bebemos e fomos para casa cedo. Ontem, reuniãozinha rápida no Café com Letras para acertarmos os últimos detalhes de um projeto. Depois, Pátio Savassi. Lá encontrei com Aletéia. Tomamos um chopp e um chocolate quente (estranho, não?). Mais tarde voltei ao Café, encontrei com Denise e Alexandre. Fomos para um bar que me esqueci o nome ao lado do Pop Rock café para um aniversário. Menos de meia hora depois, fui embora. Ia para a Obra, mas a fila estava enorme. Pensei em ir na Up, no Paco Pigalle, mas acabei mesmo comendo um sanduíche no bom e velho Renato e voltando para casa. Foi bom dormir cedo, acordar cedo hoje e assistir ao jogaço de vôlei, apesar de o Minas ter perdido. Agora à noite, aniversário da Clau aqui em casa. Salgados, doces e refrigerante. Amanhã começa tudo de novo.