Rodrigo James, 35 anos, publicitário, jornalista, assessor de imprensa, dj amador, músico de computador, diretor de rádio lê, ouve, escreve, fala e respira cultura pop. Também atende nos websites www.programaaltofalante.com.br, www.portal180.com.br, no Orkut (http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=1365547244323894215), no MSN (tá bom que eu vou dar meu MSN assim assim) e está aberto a opiniões, crítica, chacotas e o que mais passar por sua cabeça. Ah, o email para contato é r.james@terra.com.br

sexta-feira, outubro 29, 2004

Ontem nitchin voltou do Rio, onde foi a trabalho. Apesar dos amigos mais próximos já saberem do que se trata, acho que não posso dizer aqui o que é. Talvez na semana que vem quando ela oficializar a coisa. Mas é muito bom, viu gente ?
E não, ela não vai se mudar. O negócio é aqui mesmo.







O povo quer saber :

Quando é que "Antes do Pôr-do-sol" estréia por aqui ?




quinta-feira, outubro 28, 2004

Não entendo muito de medicina, mas sei alguma coisa de primeiros socorros. Mesmo assim, não consigo chegar a uma conclusão sobre o caso Serginho ontem no Morumbi.
Tem gente dizendo que o atendimento dele não foi apropriado. Eu sinceramente acho que foi. Os dois médicos que o atenderam fizeram todos os procedimentos possíveis naquele momento.
Outra coisa que se diz é sobre a demora em transferi-lo para a ambulância, ambulatório ou hospital. Pô, eu acho que não foi demorado. Tudo bem que o cara da ambulância não estava presente no momento, mas ele foi rapidamente acionado e quando a maca chegou até a dita cuja, ela estava pronta.
Outros tantos estão dizendo que deveria haver um desfibrilador portátil, para estes casos, perto do campo. Bom, havia um na ambulância. O que mais eles querem ? Que se monte uma UTI ao lado do banco dos jogadores ?
Acho que a imprensa ainda vai falar muito sobre isso, mas eu penso que o atendimento foi apropriado. Fatalidades acontecem.




quarta-feira, outubro 27, 2004

Já disse uma vez, mas quero reiterar.
Se você tem uma conexão rápida com a internet, um microfone e um fone de ouvido, está esperando o que para baixar e instalar o Skype ?
É voz sobre IP. Traduzindo, é telefone pela internet. Você conversa com qualquer pessoa no mundo que tenha o software instalado sem pagar nada além do que você já paga por sua conexão.
Tenho que dizer que está sendo deveras útil nos últimos tempos por aqui...
Se baixar e instalar, me procura. Meu username é rodrigojames.




terça-feira, outubro 26, 2004

A CASA OTOTOI

Um festival musical. Um café funcionando 24 horas por dia com exibição de vídeos à la carte e dj virtual. Um espaço para as melhores e maiores festas da cidade e de fora. Uma incubadora de projetos culturais. Palestras. Ponto de encontro. Parada obrigatória para os insones e notívagos. Bate-papos reais e virtuais.


Difícil é definir com precisão o que será a CASA OTOTOI, mas se fosse possível, poderíamos dizer que será um pouco disso tudo e algo mais. Iniciativa pioneira na cidade, a CASA ocupará os três andares do casarão da Rua Fernandes Tourinho, nº 390, onde funcionava a Casa Goya. Um local onde a música, a cultura e o bem estar se encontrarão para um café, 24 horas por dia. O projeto tem duração efêmera de um mês e vai do dia 14 de novembro a 14 de dezembro. Depois disso, a idéia é que a OTOTOI ganhe o mundo e aporte em diferentes lugares levando a tiracolo sua proposta inovadora.

A CASA OTOTOI vai funcionar da seguinte maneira : no andar térreo, estará instalado o Café. Capuccinos, espressos, coquetéis, petiscos refinados, pratos especiais, sobremesas incríveis e cerveja bem gelada farão parte do cardápio. A ambientação musical ficará a cargo de um dj virtual com uma seleção de mais de 5 mil músicas em MP3. Como se isso não fosse suficiente, ainda haverá exibição de vídeos à la carte, à escolha do cliente, em formato DVD. Você mesmo escolhe o que vai assistir e aperta o play. Tudo funcionando ininterruptamente durante o período do projeto. Insones, notívagos em geral e sobreviventes de outras baladas da noite belorizontina terão um ponto de encontro certo. Mas se você é do tipo que preza uma boa noite de sono e seu negócio é tomar um café depois do almoço, um happy hour regado a cerveja gelada ou mesmo um pão de queijo fresco de manhã antes do trabalho ou da escola, pode ir sem medo que não tem problema. A OTOTOI estará lá.


Os demais andares serão divididos em vários ambientes. Em um deles será montado um palco para shows dos mais representativos artistas das cenas indie, rocker, eletrônica e pop brasileiras, como as cariocas Ramirez, Apavoramento Sound System e Pelvs e a capixaba Zémaria, dentre outras que ainda estão sendo agendadas. Sempre começando às 21 horas, com exceção dos domingos, onde o som vai rolar mais cedo, às 19 horas. Depois que os shows acabarem, outro ambiente será aberto para apresentações dos mais variados djs. A programação completa de shows será divulgada no início de novembro.


INCUBADORA DE PROJETOS CULTURAIS

Outro ambiente da CASA OTOTOI será destinado à incubadora de projetos. Mas como isso vai funcionar ? Cinco novas idéias relacionadas à área cultural serão selecionadas e seus autores ganharão, além de uma ajuda de custo, uma espécie de escritório para desenvolverem-nas durante três semanas. É importante ressaltar que o objetivo da Incubadora não é apoiar projetos já existentes ou que já estejam inscritos em leis de incentivo. A idéia é dar valor a novos talentos que tragam propostas inovadoras, originais e criativas.

Durante o período de funcionamento da incubadora, os cinco selecionados terão um espaço para fazerem contatos, ampliarem suas redes de relacionamento, assistirem a palestras especiais sobre o assunto e receberem um direcionamento para o desenvolvimento propriamente dito. Ao final do período, o projeto deverá estar pronto e redigido para apreciação geral.

Os interessados em inscrever suas idéias devem entregá-las no Café Com Letras (Rua Antônio de Albuquerque, 781 – Savassi), em envelope pardo, com nome e contato do lado de fora, até o dia 5 de novembro. Os cinco escolhidos serão divulgados no dia 8 de novembro. Mais informações pelo telefone : (31) 8834.1964 ou pelo email casaototoi@terra.com.br.

O horário de funcionamento da incubadora será de 14 às 18 horas, de segunda a sexta-feira. As palestras programadas também serão abertas ao público.


E A FESTA CONTINUA....

E como se isso tudo não fosse suficiente, um outro espaço da CASA OTOTOI abrigará as maiores e melhores festas da cidade, além de algumas convidadas especiais dos quatro cantos do país. Twice as Nice, Make Me Up, Indie Rock Tonight, Soul da Massa, Hits, Let’s Dance, A Maldita (RJ), Back To The 90’s (RJ) e tantas outras farão edições especiais dentro da OTOTOI. Sem horário pra terminar e com disposição de sobra.

Resumindo a história toda : a CASA OTOTOI é um pouco de tudo que o freqüentador da noite, do dia, da vida cultural da cidade e os amantes da boa música sempre pediram. Uma proposta inovadora, que agrade aos mais diversos públicos.


OS PARCEIROS

A CASA OTOTOI tem o patrocínio de AMBEV, TELEMIG CELULAR, VOX POPULI, SOUZA CRUZ e PORTAL UAI.

On Projeções, DVPro e Emive apóiam a iniciativa.



CASA OTOTOI

De 14 de novembro a 14 de dezembro

Rua Fernandes Tourinho, 390 – Savassi – Belo Horizonte

A programação completa será divulgada no início de novembro.





Inscrições para a Incubadora de Projetos :

CAFÉ COM LETRAS ( Rua Antônio de Albuquerque, 781 – Savassi – cep 30112-010 ) até o dia 5 de novembro.

Informações: (31) 8834.1964 ou pelo email casaototoi@terra.com.br




Ando meio relapso com o blog, apesar de ter postado ontem duas vezes. Culpa do trabalho.

Mas resolvi dar uma passadinha aqui só para dizer que o maior de todos morreu. E com ele, uma parte do rock and roll.




segunda-feira, outubro 25, 2004

Muito, mas muito, muito muito muito mesmo boas notícias logo nesta manhã de segunda !!!!

Parabéns, nitchin !!!!!




Uma pena que eu não tenha ficado sabendo disso aqui antes. Foi a melhor coisa da temporada de F1 que terminou ontem - uma das mais chatas da história :

Interlagos encerra a "Burro World Tour"
DA REPORTAGEM LOCAL

Em 1931, um empresário inglês, sir William Lyons, causou sensação no Salão do Automóvel de Londres ao lançar o SS, carro luxuoso de perfil baixo e motor potente, que encantou a sociedade abastada, endinheirada, da época.
Era o começo de um mito. A pequena montadora cresceu, novos modelos foram lançados e, no final daquela década, Lyons foi convencido por amigos de que precisava adotar uma marca mais forte: SS, além de frio, remetia às tropas de choque de Adolf Hitler.
Alguém sugeriu o nome Jaguar. "Elegância e graça felina, combinando docilidade com força e agilidade", explica o site da marca.
O que ninguém imaginou é como e onde a história iria acabar.
Onde? Em Interlagos, hoje. Será o fim da maior aventura da Jaguar, sua malsucedida experiência na F-1. Como? Como uma piada. Nos últimos GPs, sumiu de cena a tal "graça felina". E o símbolo do time virou um burro inflável.
"Foi pouco antes do GP da Bélgica", conta, quase chorando de rir, o mecânico Brendon Kronk.
Assim reagem todos os seus colegas, em Interlagos, quando questionados sobre Donkey. Em português, Burro. O personagem dos filmes "Shrek". Um símbolo da decadência da marca. De longe, o acontecimento mais divertido da F-1 nos últimos Mundiais.
Começou como uma brincadeira, no refeitório da fábrica da Jaguar, em Milton Keynes, 89 km ao norte de Londres. "Os caras ganharam o burro numa promoção da Ribena", diz, gargalhando, o mecânico Sam Downe, referindo-se a uma marca de refrescos à base de framboesa. "Aí, alguém foi lá e roubou o burro. E começaram a levá-lo para todas as corridas", completa o colega Tim Malyon.
A estréia da "Donkey World Tour" aconteceu na belga Spa-Francorchamps, em agosto. O burro passou o fim de semana nos boxes e valeu uma reprimenda.
"Os chefes não gostaram. Deram uma bronca", declara Kronk.
Compreensível, até. Em um ambiente como a F-1, que investe fortunas em imagem, aquela figura inflável, marrom e orelhuda era um corpo estranho, depreciativo.
Mas veio o GP da Itália, duas semanas depois. Às escondidas, o boneco foi levado para Monza.
Desobedecendo a chefia, os mecânicos tiraram fotos com Burro nos boxes, usando rádio, simulando troca de pneus e reabastecimento. Enfim, as atividades deles próprios durante uma corrida.
Cinco dias após Monza, quinta-feira, 17 de setembro. Um anúncio provocou choro em Milton Keynes e tirou o burro da sombra.
Surpreendendo a todos -e revoltando os funcionários-, a Ford, dona da marca Jaguar, anunciou o fechamento da equipe após Interlagos. De uma hora para outra, os mecânicos viram-se sem emprego para 2005. E Burro, que era uma brincadeira, virou uma forma de chacota, espécie de bandeira de protesto diante de todo o glamour da marca inglesa.
Para começar, ganhou a internet. Os mecânicos colocaram no ar o www.donkeydoesf1.co.uk, com fotos de cada parada da turnê mundial do burro. E, nos circuitos, despirocaram de vez.
Em Xangai, na China, levaram o boneco inflável ao grid. Burro entrou no safety-car, deu uma de fotógrafo, espionou a rival Toyota.
Em Pequim, na espera para o GP do Japão, visitou a Muralha -e caiu de bêbado. Em Suzuka, enfim, pôs uma bandana japonesa. E, tubo de oxigênio às costas, esperou a chegada de um tufão.
"Ele acabou funcionando para relaxar todo mundo num momento tão complicado", dobra-se Dave Stubbs, diretor da Jaguar.
Em sua última parada, São Paulo, o burro já foi a uma churrascaria, vistoriou o trabalho dos mecânicos e, hoje, deve estar no grid.
"Em 2005, se tudo der certo, vamos arrancar este símbolo do peito e colocar um burro", diz Kronk, rindo de novo e apontando para a logomarca da Jaguar. Um time que nasceu há quatro anos com a pretensão de rivalizar com a Ferrari e que hoje despede-se da F-1 de forma melancólica. Com o cavallino que merece. (FÁBIO SEIXAS E TATIANA CUNHA)

Atualizando : ontem, na matéria do Fantástico sobre a corrida, lá estava ele sentado no lugar do Schumacher, que chegou atrasado para a foto dos pilotos.




sexta-feira, outubro 22, 2004

Bom, eu sei que as fotos do Vladmir Herzog recém-publicadas nos jornais ajudaram a reabrir o caso do assassinato dele e de outros presos políticos durante a ditadura e tal, mas fiquei me perguntando : qual a necessidade disso ?

Imagine você, caro leitor. Um membro de sua família....pai, irmão.....ou mesmo um amigo próximo foi preso, torturado e morto na prisão na época da ditadura militar. Um trauma para todos os convivas. Você passa anos e anos tentando superar o trauma, e de repente um jornal publica a foto da pessoa em questão na prisão em condições sub-humanas, "esperando para morrer" ? E o pior : agora se contesta a autenticidade das fotos. O que é isso ? estão querend brincar com a memória do Herzog ? E com a memória de todos que viveram intensamente este triste período da história brasileira ?

Sei não, mas achei desnecessário.




quarta-feira, outubro 20, 2004

O correio acabou de entregar :



Sem mais para o momento.




Tá bom, eu confesso. Já tive vontade de colocar uma pessoa à venda no Mercado Livre para me ver livre dela e entrar para o ranking dos que vendem bizarrices no site.

Mas nego tá perdendo a noção do ridículo....




Se você esquecer que é a versão oficial dos fatos, o livro que conta a história do Jornal Nacional é até interessante. Se bem que esotu na metade e até agora o que mais me interessou foi seu início, que conta como eram produzidas as matérias na década de 60. A gente se esquece, mas antes do advento do videotape, as matérias eram produzidas em película, reveladas e montadas em moviola. Um processo lento e moroso, que em nada se parece com a atual agilidade das câmeras e edições digitais dos nossos dias.

Em virtude disso, outra passagem que chama a atenção é a que relata que Boni, então todo poderoso da Globo, mandou fechar todos os laboratórios da emissora, para evitar que os então cinegrafistas usassem câmeras de cinema, numa época em que a emissora já possuía câmeras de video e ilhas de edição. Simplesmente porque eles não aceitavam a novidade.

Repito : tem que esquecer que o livro é a versão da Globo dos fatos ( as passagens que falam da Campanha pelas Diretas, em 84, e do início da briga com Brizola, em 82, por exemplo, são ridículas porque querem mascarar o que todo mundo já sabe ). Fazendo isso, o livro é uma bela pedida.




terça-feira, outubro 19, 2004

Tentei postar aqui por três vezes hoje, mas não sei o que está acontecendo. Parece que o tráfego está intenso ou sei lá o que.

Mas não era para dizer nada de especial. Só para marcar presença. Tudo como dantes no quartel de abrantes




segunda-feira, outubro 18, 2004

Desde que me entendo por gente ( vamos considerar "gente" aquela fase que começa depois da infância ), vou a churrascos e faço churrascos. Bom, na verdade, nunca fui de comprar carne, acender o fogo, temperar, etc. Sou mais do tipo "põe aí no fogo que eu ajudo".

E devido à minha vasta experiência em churrascos do tipo "mineiro", bem diferente dos gaúchos, como bem apontou Nitchin, sei que a experiência é importante para o funcionamento do processo churrasquístico. Já existe inclusive uma literatura do assunto, mas de nada vale se a expertise do churrasqueiro não for fruto de uma longa e árdua caminhada no mundo das carnes.

Portanto, temi quando a turma da Pref's resolveu fazer um. Na casa de Mariana, no último sábado. O churrasqueiro em questão foi escolhido arbitrariamente : Bob. Eu me dispus a ajudar, mas quando vi que ele entendia do assunto, me limitei a comer. Deixamos ele e Lud temperando e assando a carne e voilá. Ficou bom. Não tanto quando os da casa do Cuíca, em priscas eras, mas deu muito bem pro gasto.

Além disso, o fim de semana foi dedicado a compromissos familiares. Aniversário de Júlia, em Lagoa Santa ontem e pronto.




sexta-feira, outubro 15, 2004

Mais uma rede social para comer mais um pouco do nosso já minguado tempo. Mas pelo menos esta parece legal e fácil de trabalhar.




Tudo o que tenho a dizer para o momento é :

O sanduíche de linguiça, requeijão e cebola do Dalva foi substituído na liderança de minha preferência pelo de picanha com queijo cheddar.




quinta-feira, outubro 14, 2004

Eu nunca havia ouvido falar no espetáculo Rádio Esmeralda AM até ontem à noite, quando vi uma matéria sobre ele no Agenda. Mais do que depressa, nitchin me ligou e me contou que o dito cujo é um sucesso enorme no RS, comparável ao Tangos e Tragédias. Depois de relutarmos um pouco, topamos conferir. Mesmo porque uma das protagonistas, Simone Rasslan, é amiga de nitchin.

Pois Rádio Esmeralda AM é muito divertido. Simula um programa de uma rádio AM apresentado por duas mulheres que, pelos nomes, já dá pra sacar o tipo : Cat Milady e Erothildes. Cartas, telefonemas e ouvintes, conselhos sentimentais, previsões astrais e muita música durante uma hora e pouco de espetáculo/programa. E as duas cantam muito.

Depois fomos cumprimentar as duas, que nos contaram que só toparam fazer esta única apresentação aberta ao público em Belo Horizonte porque já tinham sido contratadas para fazerem uma fechada para a Varig ( patrocinadora do espetáculo ).

Simpaticíssimas, prometeram voltar depois que o CD do espetáculo for lançado ( em novembro ). Se elas cumprirem o prometido, fique de olho : Rádio Esmeralda AM é divertidíssimo e vale a pena.




quarta-feira, outubro 13, 2004

Joaquim Ferreira dos Santos tem sempre razão :

E aí, beleza?

Eu vi a “Geração é isso aí, galera”, semana passada na entrega dos prêmios de videoclipe da MTV, e faço minhas as palavras de Caetano. Tomem vergonha na cara, honrem Johnny Rotten, urinem no túmulo de Jim Morrison e acordem para cuspir na careta desses VJs. Elvis Presley morreu gordo. João Gordo vai morrer magérrimo. Até quando a história do rock vai repetir que um garoto na rua não tem o que fazer além de se juntar a outros, montar uma banda para anarquizar os otários e depois falecer quietinho, com os burros cheios, no caixão de peroba de todos eles?

Vamos parar com essa gritaria de “u-hu” e “valeu, galera”. Isso aqui era um estacionamento cheio de som e fúria, hoje é um oásis de tranqüilidade e margaridas do campo, diz a bela música que Caetano Veloso cantou com David Byrne. E agora? Fica todo mundo aos gritos de “é isso, aí”, todos aplaudindo a premiação e o blablabá dos VJs de calças Armani rasgadinhas no joelho. Papo furado. O som está uma porcaria não é de hoje, e foi preciso um cara, que já devia estar acoplado a um Vienatone básico, botar mais uma vez os cornos acima da manada e gritar aos moleques que o rei é que está surdo. Ninguém está ouvindo nada. Deve ser culpa da touca Cavallera que o cara do Sepultura, depois de aumentar diabolicamente o som da caixa, desenhou para proteger as orebas dos consumidores e fazer o caixa. Fatura-se em todas as pontas. Custa crer. Tanto coquetel molotov no cavalo dos meganhas para se viver nessa imensa butique de imagens.

Eu queria ser jovem o suficiente para quedar quietinho na paz da minha tatuagem de cobra enroscada, curtindo o jeitão irado de ela ir descendo pelo ombro e cair de boca, a língua esticada, na aranha espalhada pelo cotovelo. Queria ficar na minha, falando um palavrão qualquer, como eu vi os moleques no programa, para fingir que continuo na contramão do discurso. Queria acertar com gel o arrepio exato do cabelo, como fez o Selton Mello. Mas eu vi, agora me lembro o que me traz aqui, eu vi a entrega dos prêmios da MTV e pasmei. Lamento que tenha se passado tanto rock and roll para tão nada. Tantas guitarras quebradas pelo Pete Townsend, a solidão tamanha da Janis Joplin, o tiro esquentado na orelha do Kurt Cobain, a piração que nenhum choque cura do Brian Wilson. Tudo desperdício e, agora se vê, apenas material para anúncio do novo Volks no intervalo VMB 2004.

Valeu o escambau, MTV. Se os Panteras Negras diziam “Queima, baby, queima”, os negões do hip hop em 2004 clamam pela “fé na humildade”. A rebeldia virou uma coisa velha, uma nostalgia de cara que já entrou nos enta, como esse Caetano 60, não se agüenta e solta o verbo pelos cinco mil alto-falantes. Ela não vai entrar nunca no Top 20, não faz o gênero de chegar na esquina e, como é bordão entre os menores de 20 anos, perguntar serelepe: “E aí, beleza?”

Eu vi a “Geração e aí, beleza?” no Vídeo Music Brasil, todo mundo interessado em não desagradar ao patrocinador da cervejaria, e sinceramente não acredito que o Marcelo D2 acredita que o negócio é “plantar o amor para se colher o bem”. Qualé, mermão ?, faça-me o favor. Beleza coisa nenhuma. Estão de novo em cena os jovens que vão matar amanhã a idéia ultrapassada que morreu ontem. E, se é assim, parodiando o discurso do velho baiano em 1968, estamos fritos.

Era uma geração que dizia não ao não. Derrubou as prateleiras, as estátuas, as vidraças, louças, e foi sucedida por outra, mais radical ainda, que via “no future”. Eis que agora surge, inteirinha no seu vídeo, a geração que se planta diante dos clipes jeitosinhos da MTV e diz sim ao sim. Todos em busca de um patrocínio maneiro, de olho no futuro que, além de existir, pode trazer uma sorte igual ao do VJ Rafa, escolhido num concurso público. “Ser jovem e morrer” ficava a sua vovozinha, aquela revoltada gritando bordões dos punks.

A juventude, como sempre se soube, é um verbo que se conjuga afirmativo e radical, mas sempre na forma negativa. Ouvi vaias contra uma baladinha da Sandy e Junior na festa. Achei pouco. Li sobre estudantes do Rio que foram às ruas semana passada protestar contra o elevador da faculdade que não funciona. Lamentei a dispersão de energia. Passaram-se as eleições, nenhum vereador se apresentou como articulador no legislativo das portarias jovens. Dei a questão como voto perdido e fui ao Festival do Rio ver o novo Bertolucci, “Os sonhadores”, sobre a revolução da estudantada de maio. O filme abre e fecha com trovões disparados pela guitarra de Jimi Hendrix.

Eu vi na MTV os garotos atrás da música, essa força sonora que fez diferente e deu norte à cabeça de várias gerações no passado. Depois de dezenas de popizinhos, depois de mais uma vez perceber que os caretas por trás dos botões ainda tentam escandalizar a platéia com duas mulheres se beijando e uma saraivada de “porras” gratuitos — eu voltei para a bela “(Nothing but) Flowers”, de David Byrne.

Caetano cantou e ninguém percebeu, primeiro por causa da porra do som e depois pelo embotamento geral dos sentidos, que a música sublinhava o vazio no furo dos piercings na pele da platéia e na língua dos apresentadores. Falava, com melancolia, como se perfilassse a platéia em frente, das transformações e do que fazer depois que elas chegam. “Não me deixa encalhado aqui/ Eu não me acostumo com esse estilo de vida”. E agora?

Os jovens da MTV, e todo ano eu dou uma geral na festa para ver como eles andam, têm os corpos sarados e as idéias gordas. Papai e mamãe deram permissão a todos os doces de sexo. Lambuzaram-se com a pimenta da contravenção comportamental nas últimas décadas. Saciados, cansados, aposentaram a dona rebeldia. Talvez só tirem o pijama se lhes for garantido que em troca vão ficar como o Marquinhos Mion, o VJ que tempos atrás apareceu do nada esculhambando a caretice da estética videoclipe e, depois de uns tempos afastado, reapareceu semana passada na festa do VMB.

Mion não zoou com a cara de ninguém. O bronzeado e o terno branco matariam de inveja qualquer bicheiro de Las Vegas. Seus dentes, que agora brilham, odontologicamente corretos, eram a mensagem. O futuro lhe sorriu




terça-feira, outubro 12, 2004

Só mesmo a absoluta falta do que fazer numa segunda-feira espremida entre um domingo e um feriado para me levar a três shoppings diferentes em Belo Horizonte. E até que foi uma experiência e tanto.

Primeiro, fomos conhecer o famigerado Shopping Oi. Para quem não está familiarizado com o assunto, é o primeiro dos três shoppings populares ( leia-se : com camelôs ) que a prefeitura de BH construiu para tirar a camelozada do centro da cidade. Mas a operação foi abortada em virtude da absoluta impossibilidade de se caminhar no local. O lugar estava tão mas tão cheio que só percorremos um dos corredores ( parênteses : os stands são cheios de produtos contrabandeados de Paraguai e adjacências. Teria a prefeitura regularizado o contrabando na cidade ?? ) e decidimos ir embora.

Fomos então para o outro shopping popular já em funcionamento : Tupinambás. Bem mais fraco do que o Oi, mas com inúmeras quinquilharias. Andamos tudo, paramos na "praça de alimentação" para tomar uma garapa ( nada mais adequado ) e decidimos encarar nosso terceiro shopping do dia....

O Big Shopping fica na cidade mais feia e com as pessoas mais feias que já vi em minha vida : Contagem. Que me desculpem os contagianos ( depois conto uma outra história sobre "ser contagiano" ) ou contagenses, contagienses, o que for. Mas há anos eu tenho esta opinião, comprovada ontem. Percorremos o Shopping em meia hora, já que ele possui apenas um andar. Daí decidimos que o melhor era voltar para casa, não sem antes passar na Boníssima e comprar algumas guloseimas para o lanche.




segunda-feira, outubro 11, 2004

Caramba, hoje morreu gente que nunca tinha morrido !




Pô, eu fico um dia sem acessar a internet e ele morre ?????

Prometo que isso não se repetirá.




domingo, outubro 10, 2004

Agora eu entendo o porquê do Habib's estar sempre lotado e com filas na porta desde sua inauguração aqui no Gutierrez, no ano passado. A comida é boa e barata. Precisa mais ?




sexta-feira, outubro 08, 2004

Ir à Na Sala é sempre uma experiência interessante. Por isso não relutei em aceitar o convite e ir ao aniversário de Helvécio Carlos ontem, apesar do horário avançado.

É no mínimo engraçado - para não dizer trágico - ver aquele monte de patricinhas vestidas da mesma maneira, 90% com cabelos loiros, se espremendo naquele ovo ( frase da noite, de Marcela : "Isso aqui é um ovo ! Depois vocês falam da Obra..." ), num processo de jogação sem precedentes. Já os homens ficam lá na deles. Deu mole, eles caem matando.

E mais uma vez minha teoria foi comprovada : quanto maior a classe social, a conta bancária, maior é a falta de educação. Ou : gente fina é a mesma coisa. Impressionante como esse povo endinheirado ( ou os falsos endinheirados, o que é pior ) anda esbarrando nas pessoas, dando cotoveladas, sem ao menos pedir desculpas.

Por isso que eu prefiro frequentar os meus locais de sempre, e não me misturar. Nestas horas, me lembro do bordão imortal de Kiko, do Chaves : "Gentalha ! Gentalha !"




quinta-feira, outubro 07, 2004

Eu não havia visto a peça de teatro, mas sabia que o texto é bom, premiado e tal. Mas mesmo assim não esperava que A Dona da História fosse tão bom. É a diferença que faz um bom texto, roterizado pelo próprio autor, atores fenomenais ( destaque para Antônio Fagundes. A tranquilidade com que ele interpreta é a cara do filme ), um ótimo diretor ( Daniel Filho, que soube como poucos fazer a ponta tv-cinema e evoluiu muito desde "A Partilha" ), uma belíssima trilha sonora e tal.

Tudo isso faz do filme uma diversão imperdível. Daquelas dignas de deixar um sorriso na cara.




quarta-feira, outubro 06, 2004

james_south_park


james_south_park
Originally uploaded by Rodrigo James.
Estou testando esse novo serviço de armazenamento de fotos e postagem em blog. Se vocês estiverem vendo uma figurinha South Park que se assemelha bastante com este que vos fala ( o headset é uma brincadeira interna ), o serviço está testado e funcionando. Positivo e operante.




terça-feira, outubro 05, 2004

Acreditem ou não, mas ontem à noite eu passei uns bons quinze minutos assistindo a "Te Vi na TV", obra-prima da tv trash e de baixa qualidade, apresentado por João Kleber.




segunda-feira, outubro 04, 2004

Vendo o resultado final da eleição para vereador em BH, constatei algumas coisas interessantes :

- Léo Burgês e Betinho Duarte não foram reeleitos.
- Wadson Lima e Miltinho Assunção - dois dos maiores sujadores da cidade nestas eleições - também não.
- A torcida do Cruzeiro elegeu um ( Alberto Rodrigues o mais vibrante ) e a do Galo outro ( Reinaldo Lima ). Já a do América não conseguiu eleger o Milagres ( 1003 votos ). Se bem que acho que a torcida do América é desse tamanho mesmo.....
- Zói Bad Boy não foi eleito. Uma pena.
- Luiz Mário teve 947 votos. Muito, se o fator malice for levado em conta.
- Paula Mendes teve 498 votos de punheteiros.
- Netcheka teve 375 votos. Me pergunto de quem teriam sido...
- Thomaz da Desentupidora Rola Bosta teve 302 bravos eleitores.
- E, finalmente, um tal Francisco de Assis teve nenhum voto




E o fim de semana mezzo chuvoso mezzo ensolarado começou na sexta-feira com uma reuniãozinha na casa de Nitchin para comemorar seu niver. Parte do povo da Pref's compareceu e a noite rendeu até as 3 da matina.

No sábado, assumimos nosso lado consumista e fomos gastar um pouco de dinheiro no Pátio Savassi. Nitchin comprou um colar e um livro e eu coloquei mais uma aquisição na fila de leituras. Pelo menos terminei o livro do Takeda.

Ontem foi dia de eleição. Me levantei e fui cumprir com minhas obrigações. Peguei nitchin e a levei para justificar o voto no mesmo lugar onde exerço meu direito ( ou seria dever ? ) de cidadão.

Enquanto esperava, fiquei observando os textos e desenhos feitos pelas crianças da escola infantil onde voto. Triste constatar que o que se passa na cabeça de uma criança de 5, 6, 7 anos é o mesmo que se passa na nossa : que os políticos tem que parar de roubar e dar mais condições de saúde para a população - era o tema geral das redações/desenhos. Triste, mas fazer o que ? Votar para que as coisas mudem ? Talvez, mas não a curto prazo. Duvido que aquelas crianças vejam um país livre de canalhices em geral. Quem sabe seus netos, sendo bastante otimista.

À noite, um lanche aqui em casa. Depois ficamos assistindo bobagens na tv.

Ah sim, antes que me esqueça, um dos meus candidatos foi eleito.




domingo, outubro 03, 2004

Lendo e gostando :




sexta-feira, outubro 01, 2004

ALERTA, tirado daqui :

Aberta a temporada de caça aos blogs

Já escrevi, em ocasiões passadas, sobre as ameaças de processo judicial feitas a blogueiros como Alessandra Félix, Edney Souza e Cristiano Dias. Esses imbróglios foram os primeiros indícios de que a visibilidade crescente dos blogs e a liberdade de expressão exercida por quem os escreve começavam a incomodar.

Pois bem, agora é oficial: surgiu o primeiro caso de um blog brasileiro retirado do ar por conta de um processo judicial. O caso, inédito no país, limou da Web o blog coletivo Imprensa Marrom (disponível para visitação apenas no cache do Google). O aspecto mais surreal desse imbróglio é que a ação foi motivada por um... comentário. O autor do processo (dono de uma empresa de recolocação profissional) sentiu-se ofendido por um comentário deixado no blog, entrou com uma liminar na justiça e o Imprensa Marrom saiu do ar.

O precedente é perigossímo. Em um país que teoricamente defende a liberdade de expressão, ver um site fora do ar por causa de um comentário que sequer foi redigido por seus autores é algo de kafkiano. Fernando Gouveia, que escreve na Internet com o pseudônimo Gravataí Merengue e é o responsável pelo registro do domínio imprensamarrom.com.br, não esconde a angústia com o caso e alerta, sem esconder sua ironia: "muito cuidado com os comments que vão ao ar. Apaguem tudo que pareça minimamente ofensivo, pois alguém pode optar por, em vez de pedir a retirada do comentário, simplesmente processar o blog".

O aspecto mais aterrador de todo esse caso é constatar que mergulhamos, oficialmente, no território das incertezas. A partir desse precedente, sou obrigado a fazer alguns questionamentos sobre a natureza de meu blog. Até que ponto posso emitir as minhas opiniões sem que algum melindrado ameace tirá-lo do ar por algum critério subjetivo? Chegará o tempo em que necessitaremos de consultoria jurídica prévia para a publicação de um post? Vale a pena permitir a publicação de comentários, ou será mais prudente limitar a interação do meu blog? Devo me limitar a escrever sobre o cardápio do meu café da manhã e as cólicas do meu cachorrinho?

Com a palavra, Fernando Gouveia:

"Esta é a PRIMEIRA AÇÃO JUDICIAL promovida contra um blog por causa de comentário. Vamos criar jurisprudência. Essa causa, desculpe o pieguismo, é 'de todos nós'. Não podemos deixar que 'o outro' ganhe essa ação, porque aí vai ser uma festa contra todos nós. Qualquer assuntinho mais polêmico pode ser alvo de uma medida assim, e os blogs definitivamente se condenam a ser um diarinho bundamole que versa sobre o umbigo do dono (e cuidado para que o umbigo - ou uma aliança do mesmo com o resto do abdômen - não processe o autor)".




Ah, o Aurora....

Que bela maneira de comemorar o aniversário de nitchin.

Noite memorável....